MPT promove “live” sobre trabalho infantil
A iniciativa faz parte da programação da campanha nacional contra o trabalho infantil lançada no início de junho.
Na noite da última quarta-feira (17), o Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT) promoveu a live “Trabalho Infantil: infância pela metade”. A iniciativa faz parte da programação da campanha nacional contra o trabalho infantil lançada no início de junho.
Com duração de 1h30min, Tatiana Armomino, procuradora do Trabalho, MPT/Santarém, Maria Zuíla Lima Dutra, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, Estela da Silva dos Santos, do Núcleo de Adolescentes do Selo Unicef (NUCA) de Santarém, Denílson Moura, adolescente do Projeto Padrinho Cidadão (TRT 8ª. Região), falaram sobre as consequências do trabalho infantil e como denunciar aos órgãos competentes. A mediação foi feita pela jornalista Adelaide Oliveira e Elias Costa, integrante do Coletivo Tela Firme e Embaixador da Juventude ONU/UNODC.
“O trabalho infantil doméstico é uma das piores formas de trabalho e pode ocultar crimes de maus-tratos, de abuso e de exploração sexual. É uma atividade muito comum na região amazônica. Tem em todo o Brasil, mas aqui é muito comum [...] temos as chamadas ‘filhas de criação’, pois, mais de 90% são mulheres. Esse termo é utilizado como substituto do trabalho servil, superexploração do trabalho, trabalho escravo e outros assemelhados”, destacou a desembargadora Zuíla Dutra.
O adolescente Denílson Moura falou que o trabalho infantil é bem próximo dele. “A minha mãe foi trabalhadora infantil no serviço doméstico, uma das piores formas [...] eu conheço muitos outros adolescentes, jovens, crianças aqui na minha rua que são trabalhadores infantis”, disse Denílson.
A jovem Estela da Silva dos Santos disse que vê muitos casos de trabalho infantil. “Aqui em Santarém, a gente percebe que ainda tem crianças e adolescentes trabalhando em feiras. Isso é diariamente”, diz.
A procuradora do Trabalho, Tatiana Amormino, disse que uma das formas para combater o trabalho infantil é denunciando. “Denuncie nos canais do Ministério Público do Trabalho, no aplicativo MPT Pardal, no site www.prt8.mpt.mp.br ou disque 100”, reforça.
Veja a live na íntegra em : https://www.youtube.com/watch?v=AFrEzqGA9sQ
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Ministério Público do Trabalho
Assessoria de Comunicação