Em referência ao 12 de junho, MPT leva à escola discussões sobre trabalho infantil

 Alunos do Instituto Educacional, no bairro do Coqueiro, participaram de sessões de vídeo, leitura e fizeram perguntas sobre o tema

Se para o bom desenvolvimento de uma criança a educação é fundamental, a escola é o meio social por excelência de formação do ser humano, o primeiro, depois da família, no qual o indivíduo cresce, convive e compartilha. Infelizmente, não são todas as crianças brasileiras que vivem a realidade estudantil, muitas sequer chegam a frequentar uma sala de aula durante grande parte da infância. Para lembrar este 12 de junho, dia mundial da luta contra o trabalho precoce, o Ministério Público do Trabalho (MPT) resolveu ir até a escola, ou melhor, até as crianças e saber delas o que pensam e o que sabem sobre o trabalho infantil.

Antes das 8 horas da manhã desta quinta-feira (11), a escola Instituto Educacional, no bairro do Coqueiro em Ananindeua (PA), já estava bastante agitada à espera dos visitantes que trariam vídeos, livros e muitas informações sobre o trabalho proibido. E assim aconteceu. Primeiro, houve a exibição de vídeos aos pequeninos da Educação Infantil, depois meninos e meninas de 5 a 7 anos de idade interagiram nas palestras e finalmente os “maiores” fizeram perguntas à procuradora do trabalho Rejane Alves sobre a temática. “De que jeito podemos acabar com o trabalho infantil?”, “os políticos têm culpa nisso? E os pais” foram alguns dos questionamentos feitos.

Para Rejane, “ao vermos uma criança na rua, não podemos nos omitir, temos que nos indignar”, disse. Partilhando também de um sentimento de indignação foi que a professora Adalgisa Ribeiro Gomes resolveu iniciar o Instituto Educacional em 5 de fevereiro de 1990. “A escola surgiu como um sonho após a decepção com a realidade que eu via”, conta Adalgisa falando sobre a precariedade que vivenciou ao lecionar no Ensino Médio. Segundo ela, o problema deveria ser resolvido na base, unindo “qualidade e afeto no ensino”. Hoje, o Instituto atende 160 crianças, sendo 20 delas bolsistas integrais, da Educação Infantil ao 5º ano. “A educação é um sacerdócio, algo que você tem que amar”, declara a professora.

Ministério Público do Trabalho
Assessoria de comunicação

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