Rede de Ação Integrada- RAICE realiza oficina sobre trabalho Infantil em Itupiranga (PA)
Atividade apoiada pelo Ministério Público do Trabalho abordou conexão entre trabalho infantil e trabalho escravo
Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil! Esse é o chamado feito pela campanha em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que nos convida a nos integrar nas diversas mobilizações pelo mundo. Neste proposito, a Rede de Ação Integrada para combater a escravidão-RAICE, realizou na quinta-feira, 10 de junho, em Itupiranga, no sudeste do Pará, uma oficina sobre Trabalho infantil e sua conexão com trabalho escravo. Para reforçar essa luta junto aos profissionais do âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS (técnicos, cooperadores/as do CRAS e CREAS, assistentes sociais), a atividade contou com a participação de diversos profissionais da Secretaria de Assistência Social do município.
A oficina foi realizada de forma presencial com um número reduzido de participantes, adotando todos os protocolos de segurança devido a covid-19. O método usado para desenvolver a ação foi através de roda conversa, o que proporcionou aos diversos participantes refletirem sobre as raízes geradoras do trabalho infantil e do trabalho escravo. Além disso foi possível fazer um levantamento das diversas atividades de trabalho infantil que vem sendo realizadas por crianças e adolescentes no município. “É bastante visível o aumento de crianças e adolescentes vendendo comidas nas ruas, nas feiras ou pedindo dinheiro nos sinais, tudo isso motivado pelos impactos socioeconômicos da pandemia da COVID-19, que vem se prolongando há mais de um ano, e pela falta de políticas públicas ou diminuição de recursos orçamentários que viabilizem executar as ações de proteção às crianças, adolescentes e suas famílias em situação de vulnerabilidade”, destaca uma das participantes.
A Rede de Ação Integrada para Combater a Escravidão (RAICE), é desenvolvido pela Comissão Pastoral da Terra, a CPT, nos municípios de Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí (PA), e tem o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho da 8ª região. As ações combinam a criação e acompanhamento das redes municipais de enfrentamento ao trabalho escravo e o fortalecimento das comunidades onde vivem famílias de trabalhadores vulneráveis.
Com Informações e imagens da CPT