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Evento marca o lançamento oficial da campanha contra o trabalho infantil nos coletivos de Belém

Realizada pelo MPT em parceria com a Semob e Setransbel, ação pretende mobilizar os usuários do transporte público a não comprar produtos e serviços oferecidos por crianças

 

Responsabilidade de todos. Estas foram as palavras de ordem que marcaram o lançamento oficial da campanha “Trabalho infantil não é legal. Não compre”, realizado na tarde dessa terça (1º), no auditório da sede do Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá. A ação é promovida pelo MPT, com o apoio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel), e tem como objetivo alertar passageiros e trabalhadores rodoviários sobre os problemas que são acarretados a crianças quando se estimula o trabalho infantil. Os cartazes da campanha devem circular em mais de 2 mil coletivos da capital paraense.

A coordenadora regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância), procuradora do trabalho Rejane Alves, destacou a necessidade de garantir à criança e ao adolescente os direitos elementares previstos na Constituição, dentre eles a segurança, dignidade e saúde, mas há de se buscar uma mudança de mentalidade social para erradicar o problema. “Infelizmente a sociedade ainda trata com permissividade e naturalidade o trabalho infantil. É preciso colocar-se no lugar do outro para prospectar a vida daquela criança no futuro”, disse.

Segundo o procurador do Trabalho Loris Pereira Júnior, entre os anos de 2013 e 2014 houve um aumento de 13% no número de crianças exercendo alguma atividade laboral, fato que se agrava com a atual crise moral e econômica que assola o país. Para ele, não basta retirar as crianças da situação de trabalho, é necessário oferecer oportunidades e atuar conjuntamente para uma mudança de cultura social. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, foram registrados 2.101.153 residentes entre 5 e 17 anos de idade no estado do Pará, sendo 10,66% deles, mais precisamente 223.998 crianças e adolescentes, ocupados.

Sensibilizar por meio da arte – Trabalho infantil é coisa séria, mas foi com muita animação que os arte-educadores da Semob abordaram o assunto dentro dos transportes coletivos que trafegavam pela Av. José Malcher. Com uma “equipe de reportagem”, o grupo embarcava nos coletivos, perguntando aos passageiros se eram contra ou se contribuíam para o labor infantil. No decorrer da próxima semana, eles estarão presentes em alguns pontos de ônibus da capital paraense, com o objetivo de sensibilizar trabalhadores e usuários dos coletivos a não incentivar a compra de produtos e serviços ofertados por crianças.

Dados da Setransbel apontam a existência de 33 pontos críticos de comércio ambulantes efetuado por crianças e adolescentes nos coletivos em Belém, dentre eles as avenidas Almirante Barroso, Júlio César e Nazaré, o mercado do Ver-o-Peso e o Entroncamento.

 

PROMO 001173.2015.08.000/5 - 24 

 

Ministério Público do Trabalho

Assessoria de Comunicação

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