MPT sedia 1º Encontro do Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História

Evento aconteceu na última semana e contou com a presença de representantes dos vários polos do projeto

Aconteceu, no último dia 9, o 1º Encontro do Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História (PERNOH), na sede do Ministério Público do Trabalho, em Belém. O evento reuniu representantes de todos os polos do PERNOH espalhados pelo estado do Pará e contou com palestras do procurador do MPT Sandoval Silva e dos juízes estaduais Varderlei de Oliveira e Deomar Alexandre.

“Segundo a Organização Mundial da Saúde, 100 milhões de crianças estão vivendo nas ruas em todo mundo e 10 milhões delas estão no Brasil”. O dado preocupante foi apresentado pelo juiz estadual Vanderlei de Oliveria que enfatizou em sua fala a situação de vulnerabilidade do público infantojuvenil no país, “70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes e 58% das denúncias recebidas pelo Disque 100 são sobre violência contra criança”, disse ele.

Nesse sentido, projetos como o PERNOH, voltado à capacitação de crianças, jovens e adultos de áreas de risco e público proveniente da socioeducação e sistema penal, proporcionam tanto a possibilidade de afastamento do mercado ilícito, quanto de ressocialização para aqueles que eventualmente estejam em cumprimento de medidas penais. Esse ponto foi bastante enfatizado durante a palestra do juiz estadual Deomar Alexandre, que falou sobre o projeto “Conquistando a Liberdade”.

Quanto ao lugar das instituições nesse contexto, para o procurador do Trabalho Sandoval Silva, os agentes do Estado têm papel importante nessa transformação social, “o Ministério Público só é útil se servir à sociedade, todos somos interdependentes”, afirmou.

O Projeto Escrevendo e Reescrevendo Nossa História está completando 2 anos em atividade e já contabiliza mais de 7 mil pessoas atendidas em aproximadamente 10 polos espalhados pelo Estado do Pará. A iniciativa conta com diversos parceiros entre eles a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), o Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônia – CEMJA, a Fundação Carlos Gomes e o Instituto Universidade Popular – UNIPOP.

O PERNOH é financiado com recursos oriundos de negociações do MPT com instituições para a concretização e realização da função social das empresas. O projeto já recebeu destinação em procedimentos de titularidades de vários membros do MPT PA/AP, entre eles os procuradores Sandoval Silva, José Carlos Azevedo, Cindi Ellou Lopes, Tatiana Cancela e Loana Uliana.


Ministério Público do Trabalho

Assessoria de Comunicação

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